domingo, 31 de maio de 2009

A vida num sopro - José Rodrigues dos Santos


Portugal, anos 30.
Salazar acabou de ascender ao poder e, com mão de ferro, vai impondo a ordem no país. Portugal muda de vida. As contas públicas são equilibradas, Beatriz Costa anima o Parque Mayer, a PVDE cala a oposição. Luís é um estudante idealista que se cruza no liceu de Bragança com os olhos cor de mel de Amélia. O amor entre os dois vai, porém, ser duramente posto à prova por três acontecimentos que os ultrapassam: a oposição da mãe da rapariga, um assassinato inesperado e a guerra civil de Espanha.
Através da história de uma paixão que desafia os valores tradicionais do Portugal conservador, este fascinante romance transporta-nos ao fogo dos anos em que se forjou o Estado Novo.
Com A vida num sopro, José Rodrigues dos Santos traz o grande romance de volta às letras portuguesas.”
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“A vida num sopro” conta-nos a história de amor entre Luís e Amélia, dois jovens que se conheceram no liceu em Bragança e se apaixonaram. No entanto, o seu amor não é aprovado pela mãe da jovem, que deseja um homem mais abastardo para casar com Amélia.
Acabam-se por se separar, Luís ruma a Lisboa para frequentar o curso de Veterinária e tenta encontrar o amor que sentia por Amélia em outras mulheres.
A história desenrola-se, cheia de dificuldades para as personagens…

Quanto à minha opinião sobre livro, apesar de alguns pontos menos bem, gostei!
O tipo de escrita faz-nos virar página atrás de página, sem nunca querermos parar.
No entanto, houve alguns aspectos que achei menos conseguidos. É o caso da Guerra Civil Espanhola, em que achei um pouco forçada a introdução na história, o seu protagonista, e as suas alterações de personalidade não me convenceram.
Uma das partes do livro que deveria ser “a surpresa”, achei muito previsível e que Luís estava a ser burrinho por não ver o que estava à frente dos seus olhos.
Acho que também o Estado Novo poderia ser mais explorado através da personagem Aniceto Silva, um dos inspectores da PVDE.
Quanto ao final, tendo em conta a situação das personagens e o período em que se passa a história, penso que foi um final possível.

Depois de ter lido “A vida num sopro”, gostaria de ler “A filha do capitão” =)

3 comentários:

  1. É característico do jornalista/apresentador/escritor: Situações previsíveis e outras mal estruturadas. Tem uma boa narrativa mas falta-lhe qualquer coisa. Se calhar produzir menos e com mais qualidade. Resumindo, não gosto de todo da escrita de JRS.

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  2. Só li um livro do autor: A Filha do Capitão. Gostei muito da sua escrita pois, como o proprio diz, escreve de maneira simples para ser facilmente entendido e acompanhado. Para JRS a leitura deve ser uma coisa agradavel e acessivel para todos e não uma algo dificil por ter uma linguagem complicada. Para mim, A Filha do Capitão é um dos melhores (senão o melhor) romance que já li. Tem um tom de épico. É uma historia simples que atravessa um periodo da vida de cada um dos personagens principas. Daria um grande filme, daqueles que poderiam ganhar um Oscar.
    Recomendo a todos os que gostam do genero que o leiam.

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  3. Santa Nostalgia, os gostos diferem de pessoa para pessoa... uns gostam, outros não, mas é isso que nos torna pessoas únicas.

    Ricardo, li 3 sobre o Tomás Noronha e este, e até agora o que gostei mais, foi mesmo o Codex. Mas tenho ouvido que a Filha do Capitão é mesmo o melhor dele. Hei-de ler um dia destes ;-)

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