sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fúria Divina - José Rodrigues dos Santos



Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra.
Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo.

E se a Al-Qaeda tem a bomba atómica?

Este é o novo romance de um autor que já habituou os seus muitos leitores a aliar o prazer lúdico da leitura ao enriquecimento proporcionado pela relevância dos temas tratados e pela investigação rigorosa que os fundamenta. Depois de tratar a crise energética e os últimos avanços da ciência numa mistura extremamente hábil e subtil de ficção e realidade, José Rodrigues dos Santos traz-nos mais um tema escaldante da actualidade!
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Achei um óptimo regresso da personagem do Tomás Noronha, pois tirando o "Codex 632", que para mim foi o melhor até agora, os outros dois, achei-os mais fraquinhos.
Desta vez, além Tomás, acompanhamos a vida de Ahmed. Achei esta inovação do enredo, muito interessante, pois ao intercalar capítulos de Tomás e Ahmed, permite com o leitor não se sinta maçado com tanto "Tomás".
Explora muito bem o Islão e a forma de vida dos muçulmanos, que seguem à risca o Alcorão e vivem de acordo com as regras de Alá, bem como a vida nos campos de treinos afegãos.
A par do fundamentalismo islâmico presente no livro, temos também informação sobre bombas atómicas e a facilidade de se fabricar uma bomba deste tipo e de encontrar os materiais. Estas duas conjunções fazem com que um ataque nuclear seja um perigo bastante real.
Gostei do livro, não tanto como o "Codex 632" (talvez por gostar mais de história), mas achei um bom livro, com um enredo e com personagens bastante interessantes, como é o caso de Ahmed, e também mais maduras, no caso de Tomás.

2 comentários:

  1. Apesar de ter os livros todos desta "saga", ainda só li mesmo o Codex... mas cheira-me que talvez não os leia por ordem, e a seguir pegue directamente neste... o que dizes? É importante a ordem cronológica neste caso?

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  2. Não sei, há algumas coisinhas de livros anteriores que voltam a falar neste, portanto podes ter uns spoilers pequeninos

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