Ora bem, ouvir falar nas comparticipações do estado em tratamentos de infertilidade é algo que me está a provocar…digamos comichão nervosa.
Vamos lá ver…
Quando eu preciso de uma consulta de oftalmologia, algo que, tendo em conta a minha miopia, ocorre no mínimo 1 vez por ano e sempre com mudança de lentes, tenho que ir ao privado, pagar do meu dinheirinho, e o máximo que posso fazer é colocar o recibo no IRS e rezar não pagar nada de IRS.
Se me doer os dentes, lá terei que ir a um dentista (privado), e mais uma vez, pagar e colocar no IRS.
Para conseguir uma consulta no posto médico é uma saga… Ou se telefona na 1ª quarta-feira do mês e conseguimos uma consulta para o mês seguinte, e com sorte, não nos enviam uma carta para casa a mudar a data da consulta para duas ou três semanas depois. Ou vamos para a fila do posto às 6h30/7h da manhã, esperamos que o posto abra e que sejamos um dos cinco primeiros para o “nosso” médico de família.
Alguém que precise de uma operação, está anos e anos à espera, onde antes tem que ir a várias consultas.
Alguém que vá às urgências ou a uma simples consulta médica, tem que pagar a “taxa moderadora” do serviço.
Existem medicamentos e exames que não são comparticipados.
E o Estado vai comparticipar tratamentos de infertilidade??? Não devem estar bons da cabeça para anunciarem esta medida!!! (Digo eu)
Quer dizer, todos os meses, é descontado do meu (modesto) ordenado, uma parte para IRS e outra para Taxa Social Única, e se preciso de alguma especialidade médica, tenho que ir ao privado e pagar do meu bolso e ninguém (leia-se o Estado) comparticipa seja o que for… e os tratamentos de infertilidade serão comparticipados????? Se eu quiser fazer uma operação à vista, para corrigir a miopia que tenho (sem óculos não vejo a ponta de um corno), tenho que pagar do meu bolso ou estar numa lista de espera durante anos. E este tipo de tratamentos é comparticipado pelo Estado???
Não me venham falar em doença, porque sinceramente, tendo em conta a qualidade de doenças que existem e que deveriam ter um melhor apoio, não têm.
Acredito que uma pessoa posso “sofrer” por querer ser mãe e pai, mas se têm tanto amor para dar e não têm dinheiro, adoptem uma criança…há tantas crianças à espera de um lar e de amor.
Desculpem lá, mas não tenho paciência para isto...
Não tinha ouvido nada disso ainda, o que não é de admirar dado que raramente vejo telejornais, ou leio jornais.
ResponderEliminarMas sabes que não me parece que essas possíveis comparticipações tenham tanto a ver com o "sofrimento" de que falas, do que com um incentivo para o aumento de natalidade...
É preciso nascerem (muitos) meninos para daqui a uns anos estarem a fazer os descontos que tu estás a fazer, para pagarem as reformas e pensões dos que estão agora a trabalhar (nem falo dos que não estão a trabalhar e ganham na mesma, mas prontos...)
Este tema já anda há bastante tempo na "baila".
ResponderEliminarNo entanto, não consigo ver isto como um incentivo à natalidade...para mim um incentivo à natalidade passaria por aumentar a licença de maternidade, paga a 100% ou pelo menos mt perto disso, e aumentar o abono de família.
Tendo em conta o SNS q temos neste país, não me parece aceitavél a comparticipação destes tratamentos. Se vais ao dentista, ao ginecologista, oftalmologista, pediatria, etc, tens que pagar do teu bolso.
Qt ao fundo para as pensões, já qd andavamos na escola, sabiamos q mais tarde ou mais cedo, a Segurança Social, iria "dar o berro".
Só acho q tantas melhorias q poderiam ser feitas ao SNS, esta não seria uma delas...