sábado, 15 de outubro de 2011

A Vidente de Sevenwaters – Juliet Marillier

Sibeal sempre soube que estava destinada a uma vida espiritual e entregou-se de corpo e alma à sua vocação. Antes de cumprir os últimos votos para se tornar uma druidesa, Ciarán, o seu mestre, envia-a numa viagem de recreio à ilha de Inis Eala, para passar o Verão com as irmãs, Muirrin e Clodagh.
Sibeal ainda mal chegou a Inis Eala, quando uma insólita tempestade rebenta no mar, afundando um barco nórdico mesmo diante dos seus olhos. Apesar dos esforços, apenas dois sobreviventes são recolhidos da água. O dom da Visão conduz Sibeal ao terceiro náufrago, um homem a quem dá o nome de Ardal e cuja vida se sustém por um fio. Enquanto Ardal trava a sua dura batalha com a morte, um laço capaz de desafiar todas as convenções forma-se entre Sibeal e o jovem desconhecido.
A comunidade da ilha suspeita que algo de errado se passa com os três náufragos. A bela Svala é muda e perturbada. O vigoroso guerreiro Knut parece ter vergonha da sua enlutada mulher.
E Ardal tem um segredo de que não consegue lembrar-se - ou prefere não contar. Quando a incrível verdade vem à superfície, Sibeal vê-se envolvida numa perigosa demanda.
O desafio será uma viagem às profundezas do saber druídico, mas, também, aos abismos insondáveis do crescimento e da paixão. No fim, Sibeal terá de escolher - e essa escolha mudará a sua vida para sempre.

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Juliet Marillier é uma das minhas escritas preferidas, em que a trilogia Sevenwaters tem um lugar especial na minha lista de preferências.
No entanto, este livro deixou-me um sabor agridoce. Se por um lado, é bom voltar à escrita de Juliet Marillier, por outro, já não senti ligação às personagens, nem ao local onde decorre a história (não decorre em Sevenwaters, mas sim em Inis Eala).
Temos uma inovação quanto à escrita de Juliet Marillier, um livro narrado a duas vozes, uma feminina e um masculino, e penso que poderá ter sido um dos poucos pontos positivos do livro.
Quanto à história em si, achei-a pouco desenvolvida, em que na primeira parte da história praticamente não existem desenvolvimento, enquanto na parte final, em que supostamente seria uma viagem muito perigosa, tudo acontece demasiado depressa e sem grandes perigos.
Basicamente resume-se ao conflito interior de Sibeal entre tornar-se druidesa ou abdicar devido ao seu amor por Felix, final que se torna previsível para quem já leu todos os livros da autora, pois já sabemos o que nos espera, mas normalmente, são histórias de amor que nos encantam, a par de uma história cativante e que nos prende.

É realmente uma pena este livro não me ter dado o prazer que esperaria tirar de um livro da Juliet Marillier, e face às perspectivas dos próximos livros, muito provavelmente só irei ler o 3º na nova série sobre Sevenwaters, esperando que os editores não voltem a pressionar para que se escreva mais sobre Sevenwaters.

1 comentário:

  1. Eu sinceramente gostei deste livro. Não o adorei, como aconteceu com os anteriores, e achei-o um pouco mais previsível, sim, mas acho que só o facto de saber o desenvolvimento da família e a continuação da história de Clodagh me deixa... satisfeita. Estou bastante curiosa para ler a história de Maeve, mas também acho que é tempo de "largar" Sevenwaters.

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