terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Virgem: Luís Miguel Rocha


Num registo completamente diferente do que conhecia do Luís Miguel Rocha (já li "Bala Santa" e "O Último Papa"), que foi iniciado aos 16 anos, sentindo-se inspirado por José Saramago.
Passado na altura do Estado Novo, acompanhamos a história dos Silveira e de quem se cruza com esta família, bem como alguns pequenos detalhes sobre a forma como monárquicos e republicanos se relacionaram e a implantação da República. Senti que teriam sido dispensáveis as cenas de sexo, não se trata de ser púdica ou não (afinal já li vários livros com cenas de sexo e normalmente não acho que estejam a mais), mas a sua introdução na história pareceram-me algo forçadas; bem como a cena do Conde no toilet (era mesmo necessário aquela descrição??)
A escrita é diferente, mais "floreada" com o uso de um vocabulário mais antigo, mas comum da forma oral.
Gostei particularmente do período retratado na história, pois não é muito habitual termos livros passados durante o Estado Novo e é interessante saber mais sobre as diferenças sociais.
A história é envolvente e chegados ao fim, queremos mais. Afinal, Luís Miguel Rocha planeava fazer 3 livros e este é apenas o primeiro.

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