A Crise

A situação no país é vergonhosa.

O Estado em vez de incentivar o consumo (para estimular a economia), o investimento e o emprego, o que faz? Rescisões amigáveis.
Certo que todos nós sabemos que a máquina do Estado sempre foi pesada e que deveria ser aliviada, mas será que atirar mais pessoas para o desemprego é a medida correcta? E há sempre quem diga que "mas as pessoas vão receber indemnização, um mês e meio de salário por cada de trabalho, é muito dinheiro." Ok, é  e é mais do que eu terei direito a receber (visto ainda estar à espera que tudo se resolva). No entanto, eu pergunto, e estas pessoas acham que a indemnização dura para sempre?
Já para não falar que cada vez mais se torna mais complicado arranjar emprego.
Eu já estou há 10 meses no desemprego e nada. Uma pessoa bem manda currículos, mas nada. É desmotivante e preocupante.

Depois ainda há aquele movimento dos Reformados Indignados que se "queixam como são tão coitadinhos".  Ganhavam (e ainda ganham) reformas muito superiores às dos comuns portugueses (que também viram o seu orçamento reduzidos) e ainda se queixam?? Desculpem, mas acho revoltante. Num país em que as condições de vida cada vez são piores, temos estes senhores com reformas milionárias que afinal de contas são uns coitadinhos. *ironia*
Tudo bem que devem ter descontado a vida inteira, mas justifica-se que ganhem 20/30/.../70 mil euros mês, quando há anos se ouve que o dinheiro da Segurança Social é limitado e dentro de anos vai deixar de existir? Eu também desconto (ou descontaria se não tivesse ficado sem emprego) mas sempre soube que um dia, não haveria dinheiro para a minha reforma. Assim, as reformas deveria ter um limite máximo, mesmo que fosse 10 mil euros, já era muito dinheiro.

Temos ainda Vítor Gaspar a assumir que o "plano foi mal desenhado" mas continua no Governo como se tudo corresse bem. Devia era ter vergonha na cara e pedir a demissão.

Ah mas esperem, esqueci-me. Vivemos num país em que o Primeiro-Ministro diz que "o desemprego pode ser uma oportunidade" e que "os jovens deviam emigrar".

E pronto, é este (vergonhoso) país que temos!