Fahrenheit 451: Ray Bradbury

Fahrenheit 451 by Ray Bradbury
My rating: 3 of 5 stars

As distopias tornaram-se já um dos meus géneros literários preferidos pelo modo como nos fazem pensar.

Em Fahrenheit 451 não encontramos uma sociedade totalmente oprimida pois as personagens são (aparentemente) felizes, fúteis, que não se questionam e pensam, e vêm os mesmos programas de televisão. Que são retratadas por Mildred e as suas amigas (Sra.Bowles e Sra. Phelps) são o espelho das pessoas apáticas, desinteressadas e que se julgam felizes quando na realidade não o são.
Montag é um bombeiro, mas que nos tempos "actuais" não combatem incêndios mas que queimam livros, pois são vistos como uma ameaça à aparente felicidade da sociedade. É através da sua nova vizinha Clarisse, que pensa, questiona-se e tenta perceber o que a rodeia, que Montag desperta para a vida.
Tal como "1984" de George Orwell é um livro que nos faz pensar e questionar sobre o rumo que a sociedade está a levar, com programas fúteis e sem interesse de entretimento mas que grande parte da população os vê (tipo Big Brother e afins) e que na minha opinião é preocupante e que me deixa a pensar "E se ... ?" Um tema que tem vários paralelismos com a sociedade actual, em que verificamos uma massificação dos meios de comunicação, como a televisão e redes sociais.
Apesar da pequeno livro, e de não termos uma grande desenvolvimento de personagens, conseguimos ter uma boa visão da sociedade que Ray Bradbury criou bem como um reflexo da sociedade.
Quanto à escrita, confesso que não foi muito do meu agrado, num tom mais filosófico, com muitas metáforas, o que tornou um ritmo menos fluído e tornou uma história mais vaga.
No entanto, é um livro que vale a pena ler pela forma como nos faz pensar nas consequências que a massificação de meios de entretenimento mais passivos poderão originar.

Vou considerar este livro nos seguintes desafios (além do Reading Challenge):
BookBingo Categoria Distopia
TBR Pile Reading Challenge 2014