Não Digas Nada: Mary Kubica

Título: Não Digas Nada
Autor: Mary Kubica
Editora: TopSeller
Classificação: 4 Estrelas

Ficha do Goodreads aqui

Há muito que tinha curiosidade nos livros de Mary Kubica e a minha querida amiga Isa do blogue Jardim de Mil Histórias ofereceu-me este livro no meu aniversário.

Apenas sabia o que consta na sinopse. Mia é uma jovem mulher, filha de um juiz de sucesso e que sempre lutou para ter uma vida mais normal, afastada da vida dos pais. Até que, certa noite, Mia desaparece.
A história é-nos contada por três narradores: Eve Dennett, mãe de Mia; Gabe Hoffman, detective encarregue do caso e Colin Thatcher, raptor de Mia; e alternada entre o durante e após o rapto. Apesar destes saltos, quer temporais, quer de narração, não achei o livro o confuso, pois cada capítulo está devidamente identificado. Os capítulos são curtos, o que nos permite ir sempre avançando a um bom ritmo.
A acção começa a desenrolar-se logo no início do livro, mantendo-nos na expectativa de saber o que se passou, apesar de o ritmo abrandar, o clima de tensão está sempre presente. Apesar de não haver grandes mistérios para descobrir, senti aquele clima de suspense e tensão, em relação ao que estava a acontecer a Mia. Quem seria o verdadeiro culpado e porquê?
Gostei bastante, quer da história, quer da forma como a Mary Kubica a construiu. Achei as personagens muito credíveis, cada uma com a sua personalidade. E aos poucos, vamos tentando encaixar as peças e desvendar o rapto.
Para mim, um dos pontos altos do livro é o perfil psicológico de Mia e Colin, estão bem caracterizadas e são multi-dimensionais. Colin, um homem duro e com um passado algo obscuro, mas em que acabamos por descobrir que é um homem que tem várias camadas. Mia é algo frágil, que sente que não "encaixa".
Apenas senti falta de termos, durante o livro, o ponto de vista de Mia, mas no final percebemos a opção da Mary Kubica.
E aquele final? Apanhou-me completamente desprevenida e surpreendeu-me bastante.