Título: Uma Vida Adiada
Autor: Dita Kraus
Editora: Desassossego
Classificação: 5 Estrelas
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Este livro é, nada mais, nada menos, que a autobiografia de Dita Kraus, a Bibliotecária de Auschwitz, cuja vida conhecemos no livro, com este título, de Antonio G. Iturbe .
Dita nasceu em Praga, em 1929, numa família judaica, e ao longo deste livro vamos ficar a conhecer a sua vida, contada pela própria Dita, quer as suas memórias de infância, à ocupação nazi, a vida no gueto e nos campos de Auschwitz e Bergen-Belsen, mas também após a libertação e a sua vida adulta e já casada e mãe.
Num relato simples, mas claro e directo, Dita partilha connosco toda a sua vida mas, confesso, que fiquei surpreendida por se focar pouco no período com as crianças em Auschwitz.
Dita é das mais jovens sobreviventes, graças à sua resiliência. É quase inacreditável como alguém consegue passar por tanto e ainda assim levar uma vida em que dá aos outros. O relato sobre as latrinas conseguiu enojar-me de tal maneira que é difícil "apagar a cena da minha cabeça".
Para mim, um dos pontos fortes do livro, são as lembranças de amizade e partilha nos campos. dita lembra-se de forma clara quem partilhou com ela uma salsicha ou de quem lhe deu um ovo. E o modo honesto como nos relata que é difícil, enquanto sobrevivente, sentir emoções.
Não me vou alongar pois acho que o melhor é mesmo lerem este livro (e também o livro de Iturbe inspirado na Dita) e ficarem a perceber o quanto Dita passou, não só durante a 2ª Guerra Mundial, mas também pós-libertação e a vida de Dita e do seu marido Otto, em Israel, tentando criar uma vida familiar modesta.
Importante ainda referir que Dita escreveu as suas memórias, com 89 anos! Podem e devem visitar o site https://www.ditakraus.com/
Livro lido para os projectos #Hol75 e #Lererespeitarahistoria
Nota: Este livro foi-me disponibilizado pela editora, em troca de uma opinião honesta.
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