segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

[Opinião] Três Irmãs de Heather Morris & A Creche Judaica de Elle van Rijn

 

Três Irmãs (The Tattooist of Auschwitz, #3)

Título: Três Irmãs
Autor: Heather Morris
Editora: Editorial Presença
Classificação: 5 Estrelas


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Podem comprar o livro na WOOK ou na BERTRAND

Cibi, Magda e Livi são três irmãs eslovenas, que em 1929 o pai pede-lhes que prometam que se apoiem sempre e nunca se separem. Em 1942, Livi com apenas quinze anos é convocada para se apresentar, e Cibi, de dezanove decide juntar-se à irmã, cumprindo a promessa que tinha feito ao pai. Na altura, Magda, com dezassete anos, está internada no hospital.
Cibi e Livi são então levadas para Auschwitz, e onde vamos ficar a conhecer todas as dificuldades e horrores que sofreram. Mas, ao mesmo tempo, com uma força e coragem incríveis e sempre com um grande amor fraternal. Mais tarde, Magda acaba também por não escapar a Auschwitz-Birkenau e as três irmãs reencontram-se. É certo que, para quem já leu mais sobre a 2ª Guerra, estes relatos no campo de concentração, não trazem nada de novo o que já sabemos, no entanto, não deixam de nos impressionar todos os horrores que estas pessoas sofreram às mãos dos nazis.
Acompanhamos também a vida das três irmãs no pós-guerra, o regresso à casa de origem, as suas dificuldades, e a partida para Israel. E achei muito importante a autora ter continuado a dar-nos a conhecer a vida destas irmãs.
Achei bastante interessante como a autora conseguiu abordar os sentimentos de culpa dos vários sobreviventes, uns por não terem sentido o sofrimento dos outros, outros com os próprios "fantasmas".
Quanto à escrita, é muito simples e um pouco mais juvenil, o que está totalmente em linha com a idade inicial das três irmãs, o que nos faz sentir mais próximos delas e da promessa que tinham feito ao pai.
Outro ponto que me conquistou foi a nota da autora, onde ela nos conta, um pouco mais, o que aconteceu a cada membro da família depois de a guerra ter terminado. Temos também posfácios de Lívia e de outros membros da família.

Uma grande história de resiliência, esperança e amor fraternal!


A Creche Judaica
Título: A Creche Judaica
Autor: Elle van Rijn
Editora: Editorial Presença
Classificação: 3 Estrelas


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Tinha ficado muito curiosa, não só pela sinopse como pela frase da capa, e sendo uma história inspirada em factos verídicos, ainda aguçou mais a minha curiosidade.
Devo começar por dizer que a escolha de Betty como protagonista, e apesar de ser uma personagem real (tal como as várias funcionárias da creche), não funcionou comigo, pois "embirrei" com ela logo de início. Betty é uma jovem de 17 anos (se não estou em erro) mas achei-a muito Xica-esperta, para o meu gosto e irritante, o que acabou por prejudicar um pouco a minha leitura.
Confesso que, pela sinopse e pela frase da capa, estava à espera de ter mais detalhes sobre como as crianças era escondidas e "passadas" a outras pessoas e, apesar de termos, para mim foram poucas. Acaba por ser mais o dia-a-dia, na creche com crianças, a família da Betty e os romances com rapazes. No entanto, gostei muito de saber que houve um grupo de pessoas que arriscou a tentar salvar crianças, arranjando-lhes uma casa. Mas tive sentimentos um pouco contraditórios pois senti que era quase contrabando de crianças e, confesso, gostaria de ter sabido se, todas as crianças, já crescidas, souberam de facto as suas origens (infelizmente desconfio que não).
Gostei da história, fiquei a conhecer a história desta creche e de como conseguiram salvar algumas crianças, mas acabou por ficar aquém das minhas expectativas e aquela sensação de "saber a pouco".





Nota: Este livro foi-me disponibilizado pela editora, em troca de uma opinião honesta.

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