quarta-feira, 22 de julho de 2020
[Opinião] O Enigma do Quarto 622 de Joël Dicker
Título: O Enigma do Quarto 622
Autor: Joël Dicker
Editora: Alfaguara
Classificação: 5 Estrelas
Ficha do Goodreads aqui
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Numa manhã de Dezembro, no quarto 622 do Palácio Verbier é encontrado um cadáver. Esta morte ocorre durante o período da festa anual de um prestigiado banco suíço, nas vésperas da nomeação do novo presidente. A investigação policial não consegue descobrir o culpado e o caso acaba por cair no esquecimento.
Quinze anos depois, o próprio escritor Joël Dicker vai passar umas férias, para fazer o luto do seu editor e recuperar de um desgosto amoroso e hospeda-se neste hotel. Joël Dicker acaba por conhecer uma outra hóspede, Scarlett, que está no quarto ao seu lado, que está assinalado como "621 bis", e decidem investigar.
Assim sendo, vamos acompanhado a história através da escrita e investigação do Joël Dicker dentro do próprio livro. Eu sei, parece um pouco estranho mas depois de nos habituarmos, ficamos rendidos. E vamos tendo um livro dentro do livro.
A narrativa vai alternando entre três tempos distintos: a actualidade com Joël Dicker; 15 anos antes, a noite da morte; e 15 anos antes da morte. Confesso que teria preferido que tivessem a indicação do anos e não "15 anos antes" pois, uma ou outra vez fiquei um bocadinho baralhada se estava na parte da altura da morte, ou nos 15 anos antes da morte (e por isso, cerca de 30 anos antes da actualidade), no entanto não foi nada que me retirasse o prazer da leitura.
A história é altamente viciante e foi tão mas tão difícil largar o livro. Para mim, Joël Dicker fez um brilhante trabalho a montar o puzzle da história.
Primeiro deixa-nos em suspense, durante mais de metade da história, para desvendar quem morreu. E bolas, não imaginam a minha curiosidade e as minhas "teorias". E depois, tentar perceber que era o culpado? Quanta ansiedade eheheh E nada, não acertei em nada eheheh
O autor criou uma fabuloso puzzle policial e onde as peças vão encaixando a pouco e pouco e com várias reviravoltas. E quando pensamos que já percebemos o rumo da história, eis que Joël Dicker, uma vez mais, nos apanha surpreende.
Uma trama complexa que com os vários saltos temporais quase nos deixam "frustados", no sentido de não estamos a conseguir descobrir o morto e o culpado, mas a verdade é que, para mim, tudo funcionou na perfeição.
E o final? Simplesmente inesperado e surpreendente! Fabuloso!
Dos três livros que li (O Livro dos Baltimore - opinião aqui - e A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert - opinião aqui), este foi, sem dúvida, o meu preferido).
Nota: Este livro foi-me disponibilizado pela editora, em troca de uma opinião honesta.
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